28 de abril: Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças no Trabalho

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O dia 28 de abril foi declarado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças no Trabalho.

A escolha do dia 28 não foi por acaso. Foi justamente num dia 28 de abril, no ano de 1969, quando houve uma grande explosão numa mina de carvão, nos Estados Unidos, e vitimou 99 trabalhadores: 78 morreram e 21 foram resgatados. Um dos mais trágicos acidentes de trabalho ocorridos no mundo.

Para marcar a data, que neste ano cai num domingo, o SINTRACOM-BA vai estar presente, com o diretor de Saúde e Segurança, Arilson Ferreira e demais diretores, juntamente com representantes da FLEMACON, FETRACOM-BASE, CTB e diversas entidades do movimento sindical, no Seminário Panorama e Desafios para a Proteção da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, que acontece no dia 24, das 14h às 18h, no auditório do MPT, no Corredor da Vitória, que será promovido pelo FORUMAT e Agenda Bahia do Trabalho Decente. As inscrições podem ser feitas no local e vai ter certificado. O acesso pode ser feito pelo QR Code.

Desde julho de 2011, o SINTRACOM-BA, a FETRACOM-BASE, CTB, FLEMACON, CONTRICOM, DIEESE, FORUMAT, UBM, UITBB e FSM levam aos canteiros de obras. na Bahia, Brasil, a campanha “Um Passo Pela Vida – Xô Acidentes de Trabalho na Construção – Ações Coletivas Já!“.

Lucia Maia, presidente da FLEMACON, alerta que é necessário e urgente promover uma cultura de investimento na segurança e saúde nos locais de trabalho.

A principal razão dos acidentes de trabalho é a falta de investimento. Não há na maioria das empresas programas de gestão de riscos, prevenção e treinamento para prevenir coletivamente. As empresas, que em geral visam apenas lucro, precisam investir em segurança.

Na América Latina, entre 27 mil e 68 mil pessoas perdem a vida a cada ano por causa de acidentes de trabalho.

No mundo, quase três milhões de trabalhadores e trabalhadoras morrem a cada ano devido a acidentes e doenças relacionados com o trabalho, um aumento de mais de 5% em comparação com 2015, de acordo com novas estimativas da OIT.  Esse número destaca os persistentes desafios para assegurar a proteção da saúde e segurança dos trabalhadores e das trabalhadoras em todo o mundo.

A maioria das mortes relacionadas ao trabalho, ou seja, 2,6 milhões de vítimas, deve-se a doenças ocupacionais. Os acidentes de trabalho são responsáveis por outras 330 mil mortes, segundo a análise. As doenças circulatórias, as neoplasias malignas e as doenças respiratórias estão entre as três principais causas de morte relacionada com o trabalho. Juntas, essas três categorias contribuem com mais de três quartos da mortalidade total relacionada com o trabalho.

Agricultura, transporte, construção, silvicultura, pesca e indústria de transformação são os setores mais perigosos, responsáveis por 200 mil lesões fatais por ano, o que representa mais de 60% de todas as lesões ocupacionais fatais. Em particular, um em cada três acidentes de trabalho fatais em todo o mundo ocorre entre os trabalhadores agrícolas, afirma o relatório.

Além da tragédia global das mortes relacionadas com o trabalho, a OIT estima que 395 milhões de trabalhadores e trabalhadoras em todo o mundo sofreram lesões de trabalho não fatais, o que prejudica a sua saúde e acarreta faltas ao trabalho.

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