FSM: Encontro Latino-Americano de Mulheres Sindicalistas

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O Encontro foi transmitido ao vivo pelo Zoom e pelo facebook da FLEMACON

O Encontro Latino-Americano de Mulheres Sindicalistas no Contexto da Covid-19, realizado pela Federação Sindical Mundial – FSM através da internet, no dia 30 de março, contou com 240 participantes, representantes representantes de entidades sindicais do continente, e foi coberto de êxito.

O Encontro celebrou o mês dedicado às lutas das mulheres, quando se comemora em todo o mundo o Dia Internacional da Mulher. Por causa da pandemia do coronavírus, o evento foi transmitido através da plataforma virtual Zoom. E também pela página do Facebook da Federação Latino-Americana e Caribenha dos Trabalhadores da Construção, Madeira e Materiais de Construção (FLEMACON). O vídeo continua disponível e pode ser acessado pelo link:  CLIQUE e veja o vídeo do Encontro de Mujeres

Carmela Sifuentes, vice-presidenta da CGTP Perú e Lúcia Maia, presidenta da FLEMACON, da Coordenadoria de Mujeres da FSM

O evento foi organizado pela Coordenadoria Latino-Americana de Mulheres da Federação Sindical Mundial, tendo à frente as companheiras Carmela Sifuentes, vice-presidenta da Confederação Geral dos Trabalhadores do Perú (CGTP), e Lúcia Costa Maia, presidenta da FLEMACON.

A companheira Carmela Sifuentes fez a abertura do Encontro e falou que a pandemia da Covid-19 está provocando desemprego e violência de gênero contra a mulher. Conclamou a união das mulheres trabalhadoras na luta contra o neoliberalismo. E pediu mais atenção para os grupos mais vulneráveis.

George Mavrikos, Secretario General da FSM

Em seguida, o camarada George Mavrikos, Secretário Geral da FSM, fez um forte discurso destacando a importância da participação das mulheres trabalhadoras na vida e nas lutas do movimento sindical, para reivindicar seus direitos e a igualdade.

Mavrikos falou que os trabalhadores da América Latina já perderam mais de 39 milhões de empregos e para a mulher trabalhadora está mais difícil ainda. A violência doméstica contra as mulheres aumenta mais nas crises econômicas e sanitárias, e na América Latina aumentou 50%.

Pela FSM falou também o camarada Valentin Pancho, que reconheceu as mulheres trabalhadoras como um dos pilares fundamentais para a FSM.

Lúcia Maia

A presidenta da FLEMACON, Lúcia Maia, falou sobre a questão da pandemia na América Latina, e como atinge as mulheres trabalhadoras com o desemprego e o aumento da violência doméstica. No Brasil, especificamente, principalmente as mulheres pobres e as negras, as mais atingidas pelos efeitos maléficos da pandemia. Os governos reacionários, ao invés de promover medidas de combate à pandemia, investem em políticas de precarização do trabalho.

Falaram também: Rosa Elena Gonzáles; Gerominho López CGTP; Marco Túlio – CBST (Venezuela); Rosana Lafuentes; Ricardo Luiz Lima Saraiva; Luiz Vilanueva – FTCCP; Ricardo Maldonado; Perpétua Mejia, do Perú, infomou que 70% dos trabalhadores em Hospitais são mulheres; e Julia Amparo Lotán Garzona.

O Encontro teve as seguintes palestras: El Covid en la vida de las mujeres – Clarisa Spadaro, Argentina; Violencia contra las mujeres y las niñas en tiempo de pandemia – Marinela Osorio, Colombia; Datos económicos en las mujeres en el marco de la pandemia – Olga Delgado, Chile; La crisis del Covid-19 y la participación de las mujeres en el mercado laboral – Gabriela Llumiquinga, Ecuador; La crisis del Covid-19 en la vida de la mujer de la región Andina – Carla Van Sthralen, Venezuela; Grupos de mujeres em situación de mayou risgo – Celina áreas, Brasil; La crisis Del covid-19 em la vida de la mujer em la región del Cono Sur – Laura Alberti, Uruguay.

Jesse Gonzáles Hidalgo, da CTC – Cuba, falou sobre as experiências no contexto da Covid-19. São 65.640 trabalhadoras que recebem benefícios em Cuba, na pandemia. As mulheres também são a maioria dos que trabalham na produção da vacina Soberana, com autocuidado e responsabilidade.

No encerramento, Carmela Sifuentes ressaltou que “para avançar na sociedade é imprescindível combater toda forma de discriminação e preconceito. E cabe ao movimento sindical liderar essa luta”.