28 de abril: Dia de Luta por Segurança e Saúde no Trabalho

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A presidenta da FLEMACON, Lucia Maia, participa de evento promovido em conjunto com a FETRACOM-BASE, o SINTRACOM-BA, o FORUMAT e outras entidades, de atividades alusivas ao dia 28 de abril, Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, em Salvador, Bahia, Brasil.

DECLARAÇÃO DA FLEMACON

Dia de Luta por Segurança e Saúde no Trabalho

A Federación Latinoamericana de Trabajadores de la Construcción, Madera y Materiales de la Construcción – FLEMACON, neste 28 de Abril, data que a OIT – Organização Mundial do Trabalho declarou como o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e em Memória das Vítimas de Acidentes do Trabalho e Doenças Ocupacionais, para homenagear os trabalhadores e trabalhadoras que sofreram acidentes ou perderam a vida, divulgar o conhecimento sobre os riscos de lesões e doenças ocupacionais, e também para promover a sua prevenção, vem a público se manifestar sobre esta questão de extrema relevância, que é a saúde e segurança dos trabalhadores e trabalhadoras.

Neste momento em que a pandemia da Covid19, ao que parece está diminuindo, é importante destacar que  perdemos muitos companheiros e companheiras em todo o mundo, pois a classe trabalhadora é a que mais tem sofrido, seja com os riscos provocados pela exposição aos vírus, com o aprofundamento da exploração e a precarização do trabalho.

A ciência avança e a cada segundo surgem novas tecnologias, que deveriam ser utilizadas em favor da humanidade. Mas, o capitalismo continua selvagem, só visa o lucro, em detrimento dos direitos humanos, e defende que a saúde deve deixar o assistencialismo e ser privatizada com atendimento apenas ao indivíduo doente, sem os cuidados e combate voltados para a prevenção, que salva vidas.

A consequência é que mais mortes e acidentes graves continuam vitimando trabalhadores e trabalhadoras na América Latina e em todo o mundo.

A FLEMACON alerta que a falta de ações coletivas, disponibilização e fornecimento de EPI e EPC, a precarização do trabalho, a não-valorização dos salários, o desrespeito aos direitos determinados nas convenções e acordos coletivos, o aumento da idade para aposentadoria, o assédio moral e sexual, e a ameaça de demissões são alguns dos fatores que deixam expostos os trabalhadores e trabalhadoras a riscos em seus locais de trabalho e colocam suas vidas em perigo.

Todos esses fatores são muito evidentes nos próprios locais de trabalho no setor da construção e  estão vinculados às políticas anti-trabalhadores aplicadas pelos governos capitalistas e fascistas, para proporcionar as condições mais favoráveis à rentabilidade do patronato e dos gestores do capital.

A FLEMACON destaca que devem ser mantidas e aplicadas boas práticas e medidas sanitárias e de segurança e proteção nos locais de trabalho, mesmo com o fim da pandemia. E ressalta que é fundamental para o bem de todos e todas continuar na luta em defesa dos sistemas públicos de saúde.

A FLEMACON defende e destaca a urgência de implantação de políticas públicas com que deve ser tratada a questão da saúde no trabalho, na América Latina e em todo o mundo.

Reafirmamos nossa disposição de lutar para ver implantadas e acessíveis a todos os povos, políticas públicas de saúde e de segurança no trabalho, pesquisas voltadas para a cura de doenças consideradas incuráveis, vacinas e medicamentos de uso contínuo gratuitos para todos e todas.

Acima dos interesses individuais estão as questões sociais e de interesse coletivo.

Ações coletivas salvam vidas!

COMITÊ EXECUTIVO FLEMACON